E vai começar um novo ciclo, e nesse novo ciclo, temos que ter em mente o que realmente desejamos da nossa "missão".
Vezes penso, como vi naqueles que presenciei, que a nossa missão é maior que a transferência de conteúdos e de teorias... Uma grande verdade que me foi passada é que todas as descobertas vão nascer da minha capacidade de observar o mundo, da minha capacidade de julgar a importância de cada conteúdo que eu recebo e da minha capacidade de saber filtrar aquilo que eu julgo ser um caminho...
E isso só ocorrerá através das ligações que eu souber construir, entre eu, as demais pessoas e os demais seres que compõem o meio o qual eu me propus a conhecer.
Na realidade, o que quero dizer é que pegamos um solo virgem, em matéria de reais conhecimentos... Tanto eu como aqueles que se propõem a Educar para a preservação da Vida e do planeta, navegamos em algo novo. Eu, principalmente, nulo em experiências e vago em conhecimentos.
E é nesse solo que nós construímos o caminho que desejamos seguir, nele estamos a construir estradas, cujo destino é o bem comum.
Para isso, nos preparamos em conhecimentos, tecnologias nos são apresentadas e discursos nos são celebrados, com o intuito de que possamos traçar caminhos capazes de conduzir a nova sociedade que se constrói à descoberta de novas formas de agir e de usufruir dos recursos que nos são disponibilizados.
Crédito da imagem- Google.
O que realmente queremos para nossos jovens e crianças?
E não o pergunto só na questão ambiental, mas o que queremos para essa nova geração, em relação à participação social, à segurança, à saúde, à economia e trabalho? O que queremos para essa nova juventude, com relação à convivência, à cidadania, à política, à cultura, com relação à Vida?
Temos que ter em mente o quão degradante tem sido a nossa conduta com relação à tudo.
Tudo o construímos, o que almejamos, o que reservamos para o nosso "bem estar" é fruto de alguma retirada. Escolhi o tema fotografo pelo simples fato de simbolizar um processo que todos nós conhecemos, a exploração, o consumo e o descarte. Creio que é justo compreender que a nossa forma de interação com planeta se dá dessa forma...
Exploramos recursos naturais para transformá-los em produtos dos quais pouco usufruímos... Exploramos o meio em forma de consumo, a sobreposição do homem sobre o planeta....
Crédito da Imagem- Google
Exploramos pessoas através do trabalho, do consumo, da fome e da miséria.... A sobreposição do homem sobre o homem.
Exploramos os recursos naturais e os demais seres vivos, através da modificação dos ecossistemas, dos habitats de diversas espécies de plantas e animais... A sobreposição do homem sobre a Vida...
Temos que ter em mente o que desejamos da nossa missão, temos que observar o que ocorre ao nosso redor, o que construímos... Saber qual é a mudança que buscamos, a mudança que cobramos, a mudança que queremos que seja concretizada... E essa mudança não será feita por mim, não será eu a dar a receita, a dar os caminhos para serem seguidos, mas será, com toda a certeza, um caminho que só poderá ser traçado por nós, agentes que acreditamos na Educação... Professores, pais, alunos, voluntários, ativistas, pessoas comuns de um mundo comum... Há dois caminhos para seguirmos, o do conformismo e da aceitação de que essa realidade assistida hoje é normal, imutável e crônica, fruto do descaso de políticos e lideres, ou o caminho da construção de novos pensares, a partir da partilha de saberes, da proliferação de ações, da mobilização social em busca de novos rumos e novos ares. Podemos pensar a Educação Ambiental como uma ferramenta capaz de nos proporcionar a transformação da realidade atual, na construção cidadão mais sensatos, mais solidários, mais humanos... Fica feito o convite para a reflexão. Quais são os resultados que almejamos dentro da missão que nós escolhemos?
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