Mesmo com o sol castigando a terra, que não tenha chovido e que nossas atividades tenham sido prejudicadas por efeitos naturais e antrópicos, nossa retomada se deu a tempo de manter alguns aspectos já conquistados em nossa pequena área. Como as atividades não pararam por completo, as perdas são reduzidas na possibilidade de remanejamento dos canteiros, no replante de sementes colhidas dos próprios canteiros. Assim estamos colhendo sementes de uma variedade de alface que eu ainda não conhecia, de duas plantas que surgiram em canteiros de abóboras e de quiabo. Nossa produção de composto foi interrompida e a parcela pronta foi despejada em canteiros desativados para não serem perdidos, assim como os que estavam em faze inicial, que foram enterrados para não comprometer pessoas através de odores e de vetores. A atividade está sendo repensada, sendo que não encontramos motivo para a sua finalização, apenas entraves de ordem social, o que não seja impossível de se contornar através do diálogo e da conscientização de pessoas, mesmo que alheias ao processo.
Educação Ambiental é isso, conceitos e crenças se misturam em um diálogo de possibilidades onde antigos preceitos são quebrados através da introdução de novos instrumentos e de novas práticas de convivência, quando os problemas não geram conflitos, mas geram oportunidades de cooperação, análise e transformação de realidades existentes, sem que exista imposição
Hoje limpamos os canteiros, retiramos mato e experimentamos meios de melhorar a irrigação através de mangueiras e em gotejamento, pensamos os novos canteiros e eliminamos velhos. Semeamos tomatinhos cerejas e colhemos os últimos quiabos, abóboras e tomatinhos. Hoje pensamos na composteira, imaginamos como e onde estará localizada, hoje passamos o dia iniciando, reiniciando, continuando. Assim aprendemos, a fazer a conscientização, um pouco de cada vez.
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