Assim a compostagem é um processo educacional, onde uma área acaba se transformando em um laboratório à céu aberto, onde discutimos um pouquinho de química, na estrutura molecular da matéria orgânica, nitrogênio, carbono e minerais, um pouquinho de biologia, no processo de troca de energia e nutrientes dentro da cadeia alimentar, de comportamento humano, no sagrado da Terra e sua relação com o ser humano, na ecologia através das comunidades que transformam a matéria no solo, de outros assuntos mais, os quais são relacionados nas ocorrências da caminhada pelos processos.
Mas, o mais importante é que acabamos por semear pequenas sementes de conscientização, quando deixamos que exista uma interação dos jovens com a Terra e com os frutos que elas nos dá. Nada é mais importante, como disse-me o Professor Marcos, que a interação do jovem, com a percepção e a degustação da nossa pequena e sofrida- ainda- produção. Mais que a colheita de plantas belas, que a produção em escala, que a utilização na merenda, ver nossos jovens acompanharem o processo da geração do "lixo", ter a compreensão de que não existe esse "lixo", mas sim um resíduo de rejeito que serve de alimento para fungos, bactérias e insetos, que se transformam em alimento para as plantas, que foram colhidas e saboreadas no local, livres de produtos da industria química, livres de tóxicos nocivos, ricas em fibras- um pouco duras- de sabor diferenciado, percebido durante a degustação, se torna aprendizado, um aprendizado para a vida e para a preservação, em um processo que há de se desenvolver e de se multiplicar de forma cada vez mais constante, buscando a interação de toda a comunidade escolar.
É nossa função, preparar nossas crianças e jovens para a preservação de uma forma mais voltada para a humanização e de amor à vida.
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