Uma das certezas que tenho, em relação a Educação Ambiental, é que a mesma se faz da sensibilidade. Não se aprende a ser ecologista e não se aprende a preservação, o que se aprende é a compreensão da essência da vida, é reconhecimento humano como parte da estrutura do organismo Terra, quando se aprende a amá-la, a viver na percepção das suas maravilhas, de estar incluso na mágica da vida.
Como atividade pedagógica, fomentar processos de interação, de participação da criança nos processos de criação ocorridos na Terra, incita a sua percepção. Infelizmente, ainda não há meios de dar continuidade á tais momentos de interação, onde as opções de interação oferecidas aos jovens e crianças ainda são praticamente nulas. Mas como estudo de causa, tenho a convicção de que existe um caminho, tenho a convicção de que haverá espaço para as atividades que eu penso, mesmo que os recursos financeiros, humanos, tecnológicos, didáticos e acadêmicos sejam escassos, as atividades são realizáveis.
Outra certeza que tenho, em relação à E A, é de que as respostas não surgem de um hora para outra, mas são semeadas, e como meus dois pés de alface, tendem á se desenvolver nas ocorrências dos intemperes, florir e gerar sementes, e isso requer tempo. Por isso digo que a Educação Ambiental é um processo de inclusão, de pessoas e de conhecimentos, as sementes que hoje plantamos necessitam de cuidados, de acompanhamento e de favorecimento das condições necessárias para que possam eclodir, no surgimento dos pequenos brotos. É fundamental a percepção de que algumas sementes não germinarão, necessitando ser replantadas, e as que germinarem, necessitarão de condições especiais para que se desenvolvam nos viveiros da educação e que a sua introdução no meio definitivo seja de forma sadia e consciente, de sua função, seja na provisão do alimento para a vida, seja na provisão de sementes para novas vidas, seja na provisão do abrigo.
Meus pés de "alface?" foram colhidos em suas sementes, foram semeados em substrato do composto que produzimos, envoltos em tubetes de papel que confeccionamos. São sementes que posto para que exista melhorias e fundamentação, para que sirva de inspiração, de fomentação para aqueles que acreditam e que desejam aperfeiçoar as atividades, que não são minhas, mas são atividades que necessitam de multiplicação, em cada escola, em cada associação de bairro, em cada instituição em cada residência.
Meus dois pés de alface, meu sombreiro vermelho por de sacos de cebola e mãos de crianças, minhas crenças...
Colheita de sementes.Colheita de sementes.
Confecção de tubetes em papel.
Enchimento com terra e composto.
Fixação na bandeja de mudas.
Plantio das sementes nos tubetes.
Irrigação por aspersão.
OBS:. Como as atividades ocorrem em dias intercalados, a disposição de pessoas para efetuar a irrigação dos tubetes é precária, assim, preferimos a confecção de tubetes de papel com a finalidade de estimular a atividade nas residências dos alunos, de forma prática e barata. Também pela propriedade e formato do tubete, cuja extremidade inferior e fechada e o papel tem grande capacidade de retenção de água. Pela frequência e período das atividades, a manutenção da umidade é essencial, principalmente nos finais de semana e nas saídas das crianças para passeios e atividades externas.
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