Uma das crenças que defendo, fundamentada em diversos trabalhos e dissertações que encontro na NET, no aprendizado de minha formação e nas ocorrências- principalmente- de minhas atividades, é que qualquer mudança que seja almejada tende a iniciar-se pela simplicidade da percepção de que somos os únicos seres dotados do poder de prover a vida. Não no aspecto da reprodução, mas na convicção de que somos donos de parte da receita da vida.
Talvez, nosso maior erro esteja fundamentado na cultura educacional que fomenta a dominação, na cultura da oposição à integração. Desde o início, quando o homem primitivo compreendeu a sua posição na organização da estrutura Terra, a sua conduta foi de oposição às relações naturais do complexo sistema que compõem um organismo maior. Temos ainda hoje, uma cultura de oposição ao natural, às demais criaturas, quando nos elevamos no pressuposto da racionalidade humana.
Em contrapartida, nossa racionalidade vem causando transformações maléficas, quando não mais compartilhamos da ingenuidade da vida, quando a célula humana se torna maligna, consumindo células e tecidos de um corpo único.
Hierarquicamente, impomos regras e conquistamos nossos limites de dominação, somos, pois aprendemos à ser, individuais em nossos desejos de PODER e conjunto na apropriação da Terra. Não há limites para as nossas vontades de aquisição, mas limitamos a nossa integração e participação em critérios de doação. Aprendemos á conquistar, a dominar e a absorver as células de tecidos sadios, eliminando-as por mero prazer.
Por esse motivo, busquei o voluntariado para expressar essa crença, utilizando de uma mísera parcela de conhecimento que adquiri na vida. Busco atentamente, interagir com metres de uma escola comum, letrada em uma sabedoria infinita de vida em várias vidas. Assim como toda crença, minha ainda é limitada à imposições e oposições, adquiridas por mim durante a minha formação como ente social, o que dificulta o meu processo de aprendizagem, porém aguça um sentimento de integração que me permite vagar na ignorância cultural.
Assim, busco assumir a postura de inclusão no organismo mãe, como uma célula anônima que desempenha um papel determinado em um tecido de um pequeno órgão, na busca de repostas para as minhas crendices.
Acreditar que tenho a fórmula para a redução dos processos de degradação da Terra é ostentar uma postura contrária aquilo que defendo, pois não sou portador da receita, mas de uma mínima parte que foi repassada, particionada entre os demais sete bilhões de fragmentos. O que posso afirmar é que tais fragmentos da receita vagueiam pelos ciclos da vida, sendo passivos de serem reagrupados na manutenção da ingenuidade característica da infância, e assim sendo, a postura educacional tende à fomentar a integração, abolindo a tese da dominação.
Como minha limitação técnica, educacional e social se faz reducionista na contextualização dos meus pensamentos, e isso já me foi dito em criticas construtivas, posso tentar expor meus pensamentos em imagens, as quais mostram algumas das aulas que frequento.
"De que me vale a terra nua, nos caprichos da minha conduta, quando meu abrigo é a sua veste? Se caem as folhas ao solo, meu domínio é compartilhado, não cabe à mim impor a sua saída, pois delas virão minha provisão, que me alimentará e que educará minhas crias. Meus frutos são dependentes dos seus frutos, minha vida é dependente da sua vida, não há aquisição que me traga maior felicidade que a aquisição da sua sabedoria, pois sem ela, sou mero consumidor de ilusões. Mas sábio, eu seria a própria vida, transitando em ciclos da divindade, passeando na evolução e evoluindo na unidade, seria eu a própria Terra..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário