quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Solos ecológicos urbanos...

A visão que muitas das nossas crianças e jovens têm do sol urbano é a visão de terra somente. A cultura humana prega que, as ruas devem ser asfaltadas e que todo o conteúdo não aproveitável ao homem seja descartado, varrido da sua superfície. Assim sendo, cobra dos serviços públicos a manutenção da sua morte, a visualização da imagem que as educações mundanas nos propiciaram. Folhas, frutos, galhos, flores e muitos outros elementos que propiciam a manutenção da vida são considerados lixo apenas, que sujam e emporcalham o meio social. Pior, pagam por esse serviço, sem se dar conta que, seus limites são infinitos sobre a face da Terra, pois toda essa imundice faz parte de ciclos que constroem seus limites e, seu dinheiro, apenas limpa a sua vaidade social. 

Todo o lixo que geramos são rejeitos, apenas não necessários à nós, de forma direta, mas indiretamente, é necessário à nossa sobrevivência. A Terra não é limitada à minha casa, meu quintal, minha rua ou comunidade, minha cidade, estado ou país... A Terra é todo um conjunto, no qual não pode-se encontrar um sumidouro que não seja o ciclo da matéria, e para que esses ciclos sumam com os nossos rejeitos, é necessário darmos condições para que isso aconteça.

A realidade é que não olhamos as consequências de nossos atos por falta de percepção. Nosso lixo é um rejeito com destino creto, nos solos nos quais, talvez, jamais colocaremos os nossos pés, mas que mesmo assim, são marcados com nossas pegadas e acabam identificando-nos, retornando à nós os malefícios que lhes causamos. Por detrás desse rejeito, o qual achamos sujo e desnecessário, há toda uma cadeia de processos que nos são necessários e que se findam, findando-nos aos poucos, também. Assim lixo e solo podem se completar, na finalização da nossa forma de vida ou, na preservação de todas as espécies...

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