Como gosto muito de observar os detalhes da natureza ao meu redor, muitas vezes lamento não optar pelo uso de uma câmera para registrar as imagens que me encantam.
Imaginemos que nós pudéssemos utilizar de nossas árvores sem eliminar as florestas, permitindo que compartilhassem conosco a vida.
Pudéssemos florir nos primeiros raios de sol, acolher o orvalho e apenas servir aos desígnios da simples existência.Acordar da preguiça de estar incorporado ao meio, na sobra de folhagens e em lençóis de flores naturais.
A Terra nos dá essa opção, florindo nossas paisagens artificiais. Tão simples e tão viçosa, apenas renasce, apenas surge, em um grito silencioso pela vida.
E não passa um dia sem que nos tenha mostrado a sua persistência, deslumbra ao por do sol, meu minuto de concentração.
Está presente em nossos jardins, confusos entre as plantas que escolhemos para compor nossa imagem de "naturalistas".
No voo das cores e no seu pousar, no contraste da construção e da criação, na reflexão da luz, que nos permite definir o formato da paz, do existir. A fragilidade da vida é nítida, grandes transformações e grandes vazios que produzimos, a vida finda.
O despertar da semente, a formação dos botões e o surgimento dos frutos da nossa existência.
O que será do anoitecer da minha vida, haverá lua e estrelas ou nebulosas de tempestades, brisa úmida ou raios e vendavais?
Penso agora, o momento da minha existência. Talvez para nós, exista ainda mais alguns amanheceres...
:)
ResponderExcluirAbs...
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