quarta-feira, 25 de julho de 2012

E A- Continuidade.

Quando pensei na proposta do Transforma a Terra, pensei em uma forma de fomentar a percepção de um mundo diferente daquele que nós estamos acostumado a ver, um olhar mais voltado para as ocorrências presentes em nosso meio, urbano e ecológico.
Nossas cidades compartilham um mesmo nascer de sol que aquece á todos os seres vivos da Terra, o mesmo céu azul que molduram as matas e as mesmas nuvens que se formam da evaporação de rios, solos e de todos os seres  vivos. Não há dia em que o sol não apareça sem fazer diferenciação do meio ao qual se faz passear.
Uma das muitas coisas que aprendi trabalhando com a conscientização ambiental é que, assim como a presença do sol, todos os demais processos ocorridos em um meio natural também ocorrem em um meio urbano, muitas vezes de forma isolada e despercebida. 
A composteira foi a fomentadora da percepção de muitos desses acontecimentos, ocorrências  que se tornaram perguntas e geraram novas percepções nas crianças que acompanharam. Passada a atividade inicial, percebi que muitas das ações desenvolvidas deveriam evoluir, e assim iniciei minhas atividades com a convicção de que, há sim, uma possibilidade de Transformar a Terra, através da transformação do indivíduo humano e das suas ações.
Continuidade é a palavra de ordem para quem quer iniciar qualquer processo de Educação Ambiental, pois o tempo é o senhor das transformações e das possibilidades. O passar do tempo favorecerá, naturalmente, que organismos vivos e meio físico, reações e reagentes aconteçam em nosso meio urbanizado, onde teremos como instigar a percepção de como é o participar da "vida" e o entendimento da nossa sobrevida, ocorrida nas nossas vontades e crenças sociais. Para um educador ambiental, participar da "vida" representa interagir com uma fantástica estrutura de inclusões, onde não há necessidades que não sejam equacionadas dentro de um sistema de cooperação. Nós nascemos adaptados para integrar essa estrutura, nascemos parte dela e ela, parte de nós.
E é assim que ser penso ser um novo modo de olhar a vida, um novo modo de participar do processo de transformação da Terra, onde não mais tenhamos a necessidade de sobreviver em nossos conceitos de exploração, em nome de uma individualidade egoísta e sem significado perante a nossa razão de existir.
Acredito que não precisamos ser melhores, que não precisamos ser maiores e de que não precisamos ser racionais. Assim o fomos até hoje e não conseguimos méritos, não conseguimos dádivas e não conseguimos aprender com nossa racionalidade. Temos apenas que ser HUMANOS, uma população que integra a comunidade viva.
Assim, a opção de participar um pouquinho da vida- onde estou aprendendo e estou adorando- me permite ver algumas imagens dos processos que ocorrem enquanto muitos optam pelo direito de sobreviver.  
  




















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