sexta-feira, 13 de julho de 2012

Os caminhos e a mudança.

Todos os caminhos apontam para uma perspectiva de mudança no que diz respeito à atuação humana em relação ao meio físico. Como ocorrerão e quais serão as mudanças que permitirão uma interação mais harmoniosa entre homem e ambiente, é a grande pergunta do momento. Conscientização é a liberdade de pensamento e de percepção das ocorrências que nos acometem como cidadãos do mundo, é a liberdade de poder participar da sociedade e de criar a sociedade através da sua participação, de ser parte deste mundo, parte integrante, mantedora e funcional. Não há, portanto, conscientização quando existe uma moldagem da personalidade humana, dentro dos propósitos culturais do atual modelo econômico.
Somos moldados para atender certos padrões, não condizentes com a realidade natural do ser humano, quando nos isolamos em conceitos de posse do mundo.
Aí entram as dificuldades, no contesto de modificação de conduta, quando percebemos que não temos estrutura para modificar a realidade, acredito que tal mudança só ocorrerá através da doação individual de direitos, ou seja, cada individuo agindo em prol da coletividade e sem o compromisso da própria aquisição, isso porque será receptor dos benefícios advindos das ações dos demais integrantes. Assim tudo acontece em um meio natural, um ser é receptor daquilo que o ecossistema lhe dá, sem a necessidade de acúmulo ou de reservação.
No contesto econômico, e isso já presenciei, somos moldados para a aquisição daquilo que nos é necessário- na maioria das vezes, nem necessidade são realmente- abdicando do direito de criar alternativas, da liberdade da mediação. Muito do rejeito que produzimos tem um custo embutido, passivo de reversão através das tecnologias da transformação, e posso garantir que, só o resíduo orgânico que geramos  é passivo de uma redução significativa dos gasto com alimentos. Isso é o venho tentando demonstrar, somos capazes, quando libertos dos conceitos de maquinação humana, de reverter processos aparentemente indissolúveis.
Como comunidade humana, temos conhecimentos e aptidões diversas, isoladas nas entrelinhas das possibilidades. As linhas das certezas são vagas devido à não doação, a falta de partilha. Classificamos nossos rejeitos de lixo, criamos e solidificamos o conceito de que nos enoja e nos faz sujos e pobres. Mas antes de ser lixo, era parte de nós, de nossas refeições, de nossas atividades de lazer, trabalho educação. Só passa a ser lixo a partir do momento que não nos serve mais. Felizmente, já conseguimos ver alguns dos componentes do lixo como fonte de retorno- ainda que financeiro, somente- A economia começa a enxergar caminhos que estavam ali, escondidos no "lixo". Foi necessário 20 anos para a promulgação uma lei capaz de induzir alguns indivíduos a desobstruir estes caminhos e iniciar uma caminhada favorável à redução dos processos de degradação, mas ainda não há a doação, ainda são mecanismos de mercado que favorecem a exclusão e a exploração humana. Por isso acredito na introdução da sociedade no processo de execução das políticas públicas, na atividade direta e fomentada através da capacitação psicológica, social e intelectual do indivíduo enumerado em indicadores do sistema educacional.         












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